segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Nem tudo é diversão. Esses dias trabalhei como uma escrava, e em uma noite o clima estava tão gostoso que resolvi ficar um pouco mais com meus amigos no centro, perto do serviço. Fomos embora todos juntos, peguei metro, e quando cheguei no Jabaquara começou minha aventura. Eu nunca  pego o ônibus cheio, sempre espero o vazio pra ir embora sentada, aquele dia resolvi pegar o que estava saindo pra poder chegar em casa mais rápido pois tinha deixado minha irmã sozinha. Eu nunca vou embora escutando música, sempre vou lendo meu livro, mas naquele dia como estava em pé resolvi ouvir minhas músicas. Quando estávamos mais ou menos na altura da divisa de São Paulo com Diadema, no bairro de Americanopolis, senti uma movimentação diferente, virei-me para ficar de frente para a porta de saída do buzão, e ai vejo o motivo da movimentação, dois marginais, encapusados, fazendo arrastão no ônibus, armados com 38, enfiando a arma na cara das pessoas, roubando celulares, tabletes e afins...tudo que fiz foi enfiar meu celular na bolsa e me encolher no canto do corredor. Fiquei invisível para os marginais que passaram por mim e nem me olharam. Graças ao Bom Deus. Já há alguns dias estava pedindo uma benção especial ao meu Deus, e essa benção foi concedida naquele dia ao me proteger. Louvado seja Deus. Agora além de entender o tempo de Deus, eu entendo o que seja benção especial para Deus. Minha vida é meu maior bem, e Ele preservou isso naquele momento, apesar de todas minhas falhas e erros, Ele me ama e me protegeu.
Enfim, a historia de ônibus e metrô desse dia não foi boa nem engraçada. Mas infelizmente hoje somos reféns... somos prisioneiros... lamentável. O pior é pensar em direitos humanos para cidadões como esses. 

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