Nem tudo é diversão. Esses dias
trabalhei como uma escrava, e em uma noite o clima estava tão gostoso que
resolvi ficar um pouco mais com meus amigos no centro, perto do serviço. Fomos
embora todos juntos, peguei metro, e quando cheguei no Jabaquara começou minha
aventura. Eu nunca pego o ônibus cheio, sempre espero o vazio pra ir
embora sentada, aquele dia resolvi pegar o que estava saindo pra poder chegar
em casa mais rápido pois tinha deixado minha irmã sozinha. Eu nunca vou embora
escutando música, sempre vou lendo meu livro, mas naquele dia como estava em pé
resolvi ouvir minhas músicas. Quando estávamos mais ou menos na altura da
divisa de São Paulo com Diadema, no bairro de Americanopolis, senti uma
movimentação diferente, virei-me para ficar de frente para a porta de saída do
buzão, e ai vejo o motivo da movimentação, dois marginais, encapusados, fazendo
arrastão no ônibus, armados com 38, enfiando a arma na cara das pessoas,
roubando celulares, tabletes e afins...tudo que fiz foi enfiar meu celular na
bolsa e me encolher no canto do corredor. Fiquei invisível para os marginais
que passaram por mim e nem me olharam. Graças ao Bom Deus. Já há alguns dias
estava pedindo uma benção especial ao meu Deus, e essa benção foi concedida
naquele dia ao me proteger. Louvado seja Deus. Agora além de entender o tempo
de Deus, eu entendo o que seja benção especial para Deus. Minha vida é meu
maior bem, e Ele preservou isso naquele momento, apesar de todas minhas falhas
e erros, Ele me ama e me protegeu.
Enfim, a historia de ônibus e
metrô desse dia não foi boa nem engraçada. Mas infelizmente hoje somos
reféns... somos prisioneiros... lamentável. O pior é pensar em direitos humanos
para cidadões como esses.
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