sábado, 19 de março de 2016

Ontem fui a uma reunião na nossa sede e voltando de metrô para o meu local de trabalho, estava em pé, lendo e quando as portas se fecham, eu ouço: Boa tarde senhoras e senhores, desculpe atrapalhar a viagem de voces... putz aquilo já me deu uma raiva, porque todo dia, sem mentira, todo dia no metrô alguém usa essa frase, e parece que combinam porque sempre pedem desculpas por atrapalhar nossa viagem, mas difícil a situação já que estamos “presos” com eles dentro do vagão, alguns estão vendendo alguma coisa, alguns contam a história triste que chegou da casa do chapéu agora e não tem dinheiro pra voltar, alguns dizem que estão desempregados e precisam de ajuda pra sustentar os 15 flhos, enfim.. sempre existe uma “história” triste pra contar, se eu for ajudar todos que me pedem uma moeda todos os dias, daqui a pouco serei eu que terei que começar a pedir moedas... enfim, mas essa pessoa que nos abordou no metrô estava com uma história diferente, constou que está procurando recolocação no mercado de trabalho, falou em que é formada (não lembro, alguma coisa com engenharia acho), e falou que não está conseguindo emprego porque não tem experiência, então ela estava ali no metrô nos abordando, oferecendo o currículo dela, pra que alguém pudesse indicá-la na empresa, achei a moça de um coragem imensa.. mas o mais triste é que pelo menos no vagão em que eu estava, ninguém pegou o currículo da moça, ela não estava próxima a mim, e já logo saiu para outro vagão, senão teria pego o curriculo dela.
Ai fiquei imaginando, essa moça tem coragem, seria boa numa equipe pois mostra atitude, tomaria iniciativas, tomaria a frente em projetos, seria uma boa aquisição.. mas ai comecei a pensar, só que essa moça é tipo formadora de opinião, como é corajosa, pode ser do tipo que fala o que vem à cabeça, que fala o que pensa, que impõe suas opiniões e vontades, será que uma equipe precisa de alguém que tumultue o processo?

Bom, só sei que nesta experiência eu aprendi duas coisas. 1ª – quando as pessoas estão desesperadas, elas podem se tornar corajosas, essa atitude desta moça mostrou muita coragem. 2ª – eu definitivamente não poderia trabalhar em RH porque se tivesse que avaliar o perfil profissional das pessoas entraria em conflito.. rsrsrs

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